João Freitas - Shemaiqel

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Funchal, Portugal
São apenas alguns desabafos, tudo escrito por mim, TUDO! São livres de copiar para o que quer que seja. Agradeço também quem os comentar. Obrigado

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Querido Pai Natal...

Querido pai-natal, há quem diga que foi a coca-cola que te inventou, também não me importo. Importava-me sim se fosse a pepsi. Tenho a certeza que gostas do Ronaldo, que achas que deve ser ele o melhor do mundo pois à uns tempos eu soube que lhe ofereceste um gnomo chamado messi. Mas existem coisas que não concordo. Então andamos aqui a nos portar bem o ano todo e os presentes só chegam a quem já os tem? Aos jogadores, que coitadinhos recebem muito mal e passam fome dáse bmw's, ferrari's e sei lá o quê, e para os pobres tem-se que andar a pedir na porta dos supermercados alguns alimentos para quem os necessita? Prende-se alguém que rouba para sustentar a família, mas não se prende os políticos e dirigentes que roubam aos milhares e aos milhões sem necessidade nenhuma? Mas então? Tu que recebes as cartas não vês? Ou não queres ver também? E o Planeta? De que vale metade zelar por ele se a outra metade vai sugar tudo o que sobra de recursos? Se é para cumprir, as regras são para todos e por falar em regras para todos... é também por isso que temos vindo a lutar, pela igualdade, pelos direitos que todos têm sejam eles brancos, pretos, amarelos, azuis, verdes... o que for! O grande obreiro dessa luta e consequente vitória contra a desigualdade ainda à dias partiu, não doeu? Não doeu ver um bocado de paz partir? Ah, esqueci-me que tu também fazes parte daquela sociedade vergonhosa que chora ao ver um ator partir e que fica indifrente a alguém tão grandioso como Mandela ter partido. Se calhar um dia te chegue um pouco de tudo, se calhar um dia quando esgotar a água que as tuas renas bebem tu dês valor, se calhar quando tiveres que ir de avião sintas o bolso a doer do combustível, se calhar um dia percebeas o que realmente é a vida, até lá... vai alimentado quem não precisa, vai beneficiando os aldrabões e pena no Cavaco Silva, que pelos vistos o que ele ganha ainda não chega para as despesas...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Lições de vida

"Aprendi a viver assim, um dia de cada vez. A dar uma oportunidade às pessoas de se mostrarem, de mostrarem tudo o que no fundo valem. E a maioiria surpreendeu-me, e eu cresci com isso. São com as lições que mais crescemos na vida. E receber o apoio e o carinho de pessoas que antes tinha ignorado foi a maior lição de todas. Que não se aprende na escola, nem em casa. Não se aprende aqui e ali. Aprende-se apenas passando por isso... é como amar e confiar incodicionalmente alguém, só se aprende a amar a pessoa certa quando valorizamos e damos tudo a muitas pessoas erradas. Mas eu não me culpo por isso, nem culpo ninguém. Ninguém perderá o direito de viver por não ter conseguido ser feliz com alguém à primeira, ninguém será julgado por ter feito uma má escolha em relação a alguém. Só é feliz quem não desiste de lutar pela sua felicidade. E a felicidade não tem tempo para chegar, ela pode bater-me à porta daqui a 5 minutos ou pode demorar anos a chegar, mas o importante é acreditar que ela um dia chega, até lá e porque a vida nem sempre é como nós queremos, vamos lutando o que temos, se defendendo como podemos, atacando com o que sabemos e agindo com o que aprendemos. Só não procures, não apresses, não corras, não vás atrás. Deixa que se aproxime ao mesmo tempo que tu..."

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Natal? Já era...

O Natal nunca mais será o mesmo. A noite de dia 24 nunca mais será aquela noite que mais demora a passar, que olhamos 500 vezes para o relógio até chegar à meia noite. E quando dava meia, quando o ponteiro já cansado batia no 12... lá iamos nós, sem ver mais nada à frente. Se fosse preciso subíamos de três em três degraus só para que não demorássemos muito tempo a lá chegar. Como se os presentes tivessem pernas e fossem fugir aquela hora. Mesmo que pensassem em fugir, não dava. Eu e os meus primos não dávamos hipóteses. E depois a festa, ouvir o nosso nome. Saber que tínhamos mais um presente, e mais um, e mais um, e outro... e outro e ainda mais outro. Claro que na altura, receber roupa era uma desilusão, no entanto a minha mãe tentava sempre me dar a volta."An.. já viste? Uma tshirt... e é linda!" E eu ria... sim, era linda. Mas eu queria era brinquedos. Legos, uma bola de futebol, um jogo de playstation, um carro telecomandado... sei lá, queria algo que me distráisse, roupa não! E depois de todos os presentes abertos, os adultos desciam todos e iam beber a sua canja. As mães ainda tentavam que nós também fossemos, mas entre um presente e uma canja.. preferia passar 15 minutos de fome. Passavam horas e os "grandes" iam falando sobre tudo e ouviam-se sorrisos, gargalhadas intermináveis. A junção de álcool com felicidade. Sorriso daqui e dali, às vezes um choro ou outro por algum primo ou mesmo eu termos estragado algo que acabamos de receber mas passava logo, tinha outros brinquedos, Depois íamos embora, e quando acordávamos no dia 25..."txii foi mesmo verdade, eu tenho mesmo estes brinquedos..." não sabia para onde me virava, não sabia mesmo. Era um carro, era um jogo. Era tudo!! Tinha doces em casa, bolo, tinha bonbons, tinha os meus brinquedos. Era perfeito mesmo, depois ia chegando um ou outro presente atrasado e era a melhor altura de todas!

E hoje... é tudo diferente. Não há tantos presentes, porque não há tanto dinheiro. Não há tanta felicidade porque umas pessoas partiram, outras mudaram. Umas seguiram caminhos errados, outras simplesmente não seguiram. Nós crescemos e nasceram irmãos, primos, sobrinhos... tudo. E dá-me pena... porque eles não passam este dia como nós passamos, não sei se sentem o mesmo, se morrem de alegria também, não sei... mas não me parece. Não há tanta união, tanta alegria, tantos presentes, tantos doces não há tanto de cada coisa que havia naquele tempo. Não se passou assim tanto tempo, mas que mudou... mudou muito.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Falar? Sem estar interessada? Para quê?

Porque as pessoas vão pensar que por serem assim, toda a gente será igual.
Quando falo com alguém, não significa que estou interessado nesse alguém. É apenas falar, brincar. Contar e saber tudo o que há de novo, porque os amigos e amigas também são para isso. Para falar, para brincar, para se divertir, para sair para fugir à monotonia.
Eu não tenho culpa que muitas dessas pessoas apenas falem com outras quando se interessam por elas, quando querem algo delas que ainda não têm. Não tenho culpa se a vossa vida funciona assim, se agarrando à força às pessoas só pelo interesse.
Eu com tudo, tive que aprender a ser deixado para trás, a ser posto de parte por alguém, mas com isso não deixei de falar, com isso não criei revolta. E vocês deviam aprender a ser deixados ou deixadas para trás. Ninguém é perfeito. O que eu gosto, nem toda a gente deve gostar. O que vos baba a todos, não tem de babar a mim. Se para vocês é feia, para mim pode ser deslumbrante, porque no fundo para mim o mais importante e o que me fará melhor, é a minha opinião.
Sei de pessoas que noutra altura falavam todos os dias, que falavam e pressionavam. Se não tinham nada para dizer, inventavam só para a conversa não morrer. Mas pelo simples facto de eu não ter alimentado essas conversas, de não ter alimentado falsas histórias, falsos dramas, só por não ter retribuído o carinho que na altura me davam elas deixaram de falar, e eu percebo. Só não percebo porque tem que haver interesse para haver conversa. Porque o amor não é tudo na vida, gostar de alguém e ter alguém do nosso lado é muito bom e bonito e é muito importante. Mas não é tudo, é importante existir amizades. É importante manter os amigos e as amigas. É importante brincar, pegar, sair. É importante tudo isto. E em vez disto, vejo algumas pessoas deixarem de falar porque... pronto, não deu, ou eu não gostei. Ou estava gostando e deixou de crescer... sei lá, o que for! Porque os chats não servem só para irem atrás dos gajos e das gajas que antes chamavam de putas. Também serve para manter amizades, para falar e desabafar com todas elas. O quê? Não deu na altura? Que se lixe, vamos ser bons amigos!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Até um dia...

Eu sempre te magoei, sempre te disse queria mas no fundo olhava para trás e sorria. Para atraír, para chamar, para ter sempre alguém que me elogiasse e me dissesse coisas lindas sobre mim. Aos outros, eu fartava-me de gabar e de dizer que não te queria, que tinha outras melhores. Queria que te afastasses mas que não me esquecesses. Eu sou homem, e os homens sentem-se mais homens se sentirem que são desejados. Eu olhava para ti como última hipótese, como se fosses uma escapatória caso algum dia ficasse sem travões e me espetasse na primeira curva, porque assim sabia que nunca estaría completamente sozinho, mesmo que o mundo me abandonasse, tería te sempre lá. As outras elogiavam mas usavam o mesmo termos para todos os rapazes, diziam que eu era lindo e quase que aposto que muitas nem uma foto viram minha, e tu... tu eras diferente, tu conhecias-me bem, sabias que eu tinha muitas amigas e que a qualquer momento podia-me aproximar muito de uma e mais uma vez, tu ficavas para trás, eras a eterna última opção. Sabias como eu era, era brincalhão, brincava com tudo em qualquer situação, que no início era reservado e escondia-me um pouco para depois tentarem me descobrir e eu sair de surpresa. Mesmo assim nunca me deixaste d eelogiar, aceitavas-me e veneravas-me com todos os meus defeitos chapados na cara. Elogiavas o meu sorriso e dizias que ele falava, que ele chamava.
    Mas eu estive sempre noutra, noutras... apesar de saber que eras a única que estava realmente lá para mim, a única que olhava primeiro para a sorriso e não para o rabo.
   O teu mal? O teu mal foi mostrares que estavas na minha mãe, foi me mostrares que não me conseguias fugir entre os dedos como a areia. Não eras um grão de areia, eras mais que isso e por isso nunca abri mão de ti, nunca te deixei que me fosses entre os dedos. Sabia que quando quisesse ias estar à minha espera e por isso meti na cabeça que dava tempo, que um dia ia acontecer algo entre nós mas não naquele tempo.
   Um dia acordei com sentimento de não ter nada, de não valer nada. Olhei para o telemóvel e nenhuma das minhas habituais amigas tinha-me mandado mensagem ou telefonado, talvez estaríam com outros e eu senti-me estranho, sem ninguém a se lembrar de mim. Então decidi reler a mensagem que tu tinhas-me mandado ontem à noite à qual eu tinha lido com os olhos meios fechados. Tinhas-me dito que hoje ias-me fazer uma surpresa, que ia me fazer sorrir. Eu quando li não tinha dado grande importância, tu fazias-me sempre surpresas e nunca valorizava nada.
     Fui ter à tua casa, pois mais ninguém se tinha lembrado de mim e convidado para sair. Pelo caminho quase fui atropelado por uma ambulância que por ali passou com a sirene ligada, que susto! Quando cheguei à tua casa, vi que havia um grande aparato em frente ao teu jardim e aproximei-me. Vi que a tua mãe chorava, abraçada ao teu pai. O teu pai sempre com aquele ar de durão e frio e que mesmo assim deixou fugir uma lágrima. É verdade, tu tinhas partido. Eras tu que ias naquela ambulância que quase me atropelou, era o teu corpo que lá ia porque tu estavas a subir as escadas para o paraíso. Tinhas sido atropelada quando atravessavas a estrada para me ires comprar o meu livro preferido, tu morreste por minha causa, tu foste tudo por minha causa meu anjo. Meu anjo? Passei anos que não te dei valor e o que me apetece mais fazer é te chamar, de abraçar, te pedir que faças tudo outra vez, que desta vez eu valorizaria. Eras tu a tal, eras tudo o que eu tanto procurei em todo o lado e estavas mesmo ali ao lado. E agora? A quem posso dizer tudo aquilo que ficou por te dizer? E fazer? A quem fazer tudo aquilo que ficou por fazer contigo? Carregarei até ao fim da vida este pesado castigo de não te ter valorizado um dia?

(Não se passou comigo)

domingo, 29 de setembro de 2013

DEIXEM-ME!

Tenho um feitio dificil, tenho lá culpa? É verdade já fui um sacana e muitas vezes tive mal para alguns amigos mas não souberam dar uma oportunidade... sei lá. Fui atrás deles, fiz o máximo para voltar a falar e pedir desculpa e mesmo assim eles deixaram-me para trás e ainda hoje mandam bocas. Também oiço que desisti de tudo, desisti sim mas não desisti porque ficava fixe, desisti porque tive o azar de me acontecer muitos azares na vida. Eu não tive culpa de não ter dado nada para o futebol, nem para a escola, nem para casa... simplesmente a vida quiz assim, que eu fosse um azarado de primeira. Mas posso-me queixar das oportunidades que não me deram, eu que sempre perdoei e dei oportunidades a todos eles e sempre dei uma força mesmo sabendo que nas costas eles apunhalavam. Fiquei marcado com uma imagem que não é a minha. Foi azar, tudo azar... as pessoas abandonaram-me como se eu tivesse morto meio mundo, deixaram-me como se eu tivesse feito mal a alguém e nunca fiz, pelo contrário, sempre tentei ajudar toda a gente. Sempre tentei arrancar sorrisos de gente que nem um Olá me davam. Sempre dei uma palmada nas costas dos amigos que diziam ter desistido da vida. Eu não mereci isto, desta forma. Eu merecia mais, eu merecia mais e melhor. Nem precisava que fosse mais, desde que fosse melhor... muitas pessoas criaram uma imagem de mim com manias, falso e arrogante. Algumas depois disseram-me que depois de me conhecerem mudaram completamente a opinião, outras nem oportunidade me deram de mostrar. É que dizemos que não magoa ouvir criticas de quem não é importante mas magoa, magoa sempre. Cansa ouvir, cansa essa merda. Cansa tanto que me tira a vontade de viver de respirar. Eu estou cansado disto, não tenho forças. Quero seguir e não consigo, quero ajudar e não aguento a pressão. Querem dizer mal, digam.. mas não o digam a mim. Eu tou com vontade de partir, não me dêm razões para passar da vontade à realidade. Podem nem falar, nem ajudar nem nada, mas ao menos que não me pizem, não me acuzem de mais nada que eu não fiz. Não inventem histórias a meu respeito. Deixem-me tentar me levantar sozinho, não venham me rebaixar mais porque no chão eu já estou e não vejo forças para me levantar. Quando digo que estou farto, é porque estou mesmo. É porque tenho vontade de ir ter com pessoas que já cá não estão. É facil aguentar os problemas de um lado só, agora aguentar de todos fica dificil e a realidade é que eu já não estou mesmo a aguentar com a pressão caralho!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PAI?

"Sabes? Um dia a força a acaba, podes um dia ter sido forte e ágil mas um dia tudo acaba. E tu viveste pensando que eras imortal, que mandarias nos outros a vida inteira e que no fim, eles iam estar de pé a aplaudir esse comportamento. Ninguém manda a ninguém e tu nunca mandaste em ninguém apesar de pensares que mandas em toda a gente, aliás... tu nunca foste pai, foste um rapazinho que nunca faltou com o comer para casa. Mas um pai não maltrata a mãe dos seus filhos, um pai traz também felicidade para casa e tu nunca a trouxeste. Tu nunca foste ninguém, nunca subiste um degrau que fosse na vida e se eu te perguntar o que conseguiste na vida só me podes responder uma coisa: conseguiste encontrar uma mulher que não te merecia, a melhor mãe de todas. Tu não sabes o que é subir na vida, agora se te perguntar o que é descer aí tu sabe-la toda, aí compreendo que nunca te supere, porque o que já desceste ninguém descerá. Os pais ensinam os filhos e aprendem com eles e tu só aprendeste, falhaste no ensino, falhaste em tudo. Tivemos que andar com pais emprestados. Não que a minha mãe tenha estado com outros homens, nunca esteve, mas tivemos os pais emprestados de sempre. Os nossos tios e tias. Eu tinha um primo na minha turma, infelizmente o pai dele faleceu quando ele era novo e quando a professora dizia para fazer um trabalho para o Pai, eu olhava para ele e via-o triste. Eu não perguntava o que era porque eu sabia. Mas chegava ao pé dele e dizia que eu também era como se não tivesse pai, era como se fosse só a mãe. Eu cresci me alimentando com o que ele trazia para casa, mas as lições, os ensinamentos, os conselhos vieram todos da minha mãe, dos meus tios e professores. As professoras por hábito diziam que eu era especial e sabes porquê? Porque sabiam que no fundo eu passava por muito em casa, eu via muita coisa em casa e mesmo assim tinha força de chegar à escola a sorrir. Às vezes as pessoas diziam que eu tinha a mania e que me achava melhor que os outros e não era, apenas me defendia dos outros assim. Era a maneira de ninguém me atingir, foi a forma que arranjei de fingir que era dono e senhor da minha felicidade. Muitos dizem que eu nunca vali nada, que fui falso e interesseiro... não fui. Era brincalhão, brincava com tudo para me esquecer do resto. Fora brincava com tudo e em casa chorava com tudo. Claro que eu não quiz esta vida, mas foi esta vida que Deus me deu e eu não vou desistir dela. Eu não desejei esta vida para as minhas irmãs e a minha mãe, mas se assim foi... eu nunca as abandonarei."

sábado, 10 de agosto de 2013

Sofro na mesma

"Finji estar tudo bem e no fundo, até estava tudo bem entre nós. Mas eu vivia com o medo, o terror de ser deixado mais uma vez. Vivia com os fantasmas do passado, de promessas que não foram cumpridas, de mentiras tantas vezes ditas. Vivia preso e assustado ao passado, não que ainda não tivesse esquecido alguém mas porque nunca consegui esquecer o que me fizeram. Não queria nem gostava de ninguém que tivesse passado na minha vida no passado, mas lembrava-me sempre das consequências de ter confiado assim em alguém. E agora eu tava novamente agarrado a alguém, o meu coração batia fortemente por alguém outra vez, as borboletas tinham voltado com a diferença que agora foi tudo em menos tempo. Eu sorria e mostrava estar tudo bem e que eu sentia-me completamente bem e não estava. Estava nas nuvens mas pela noite descia ao inferno. PEnsava no que me podias fazer e chorava. Chorava sem fim e agarrava-me a tudo o que podia. Porque passei a vida a sofrer e quando não era por amor, era pelo pai que tive ou que não tive. Eu sempre tive um motivo para desistir da vida e não desisti. Eu sempre tive motivos para ceder a tudo e acabar tudo ali e não acabei. Porque eu estava magoado, mal cicatrizado, tinha um trauma, um desgosto, pesadelos sem fim e mesmo assim acreditava que podia ser feliz. Eu vivia pensando em ti e pior, vivia pensando como seria quando tu me virasses as costas. Porque tinha a noção que um dia isso teria de acontecer. Eu deixei de acreditar em princesas quando puz a coroa numa e ela mudou de palácio. As princesas não existem, o que existem são mulheres que se estão completamente a cagar para o conteúdo e que se entregam a 100% à aparência. Não quero dizer nada, mas de que serve a beleza se não existe a inteligência?"

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Até um dia Brother

Sei que não costumo escrever sobre alguém em concreto mas hoje faço uma excepção.

Dez anos... o futebol quiz assim. Que fossemos da mesma equipa e a vida quiz o resto, que nos tornassemos irmãos. Como é fodido ver-te partir novamente, como é fodido ver-te a ir embora. Quem é que fará o teu lugar? Mas quem é que me vai proteger agora? Revolta do caralho que tenho desta vida. Porque que tinha que ser assim? PORQUE? Porque não outro? E o que me mete mais medo é que da primeira vez que te vi ir embora, quando voltaste vieste praticamente morto. Triste, fraco... sei lá. E agora? Só Deus sabe o que passamos juntos, as guerras que travamos juntos. As merdas que te aconteceram e me aconteceram. Só Deus sabe o que me protegeste e ajudaste e eu a ti. Só ele sabe. Somos todos homenzinhos mas na hora do aperto caímos todos, na hora da despedida é fodido de se manter firme. Espero que te mantenhas sempre firme. Espero que te aguentes como fizeste até aqui. Espero que tenhas a força suficiente para triunfar onde quer que seja. Ao menos vais de cabeça erguida, ciente de que a maioria dos teus amigos admiram-te e precisam de ti na vida deles. Eu preciso e não é pouco, tu sabes. Porque estou a passar por tudo o que já passaste em casa também e o que tu me dizias sempre ajudava-me porque eu sabia que tu sabias do que falavas. E agora ? E agora como é que me mantanho man? Como é que vou-me levantar desta? Não dá. Vai... mas vai com força. Que ja sabes que se vais devagar vão se aproveitar de ti. Não deixes que nenhuma puta se meta na tua vida e te faça a vida num inferno. Tem cuidado... tu já sofreste o que tinhas a sofrer. Agora é só sorrir. Fico à espera que voltes à ilha, que faças o que tens a fazer e regresses para junto de quem te quer e nunca te esqueças, lá, aqui, acolá, do outro lado, no polo norte, sul... tamo junto brother, tamo sempre junto...

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Não precisei de olhar para o relógio para notar que era hora de ir, estava na minha hora de abandonar aquele menino, de abrir o peito e deitar cá para fora o homem que vinha crescendo desde há muito.
Eu já não podia agir de uma forma que alguém tivesse sempre à minha espera, não estava mais. As facilidades tinham acabado ali e eu demorei a encarar isso. Tive sempre tudo o que quiz fácil e partir de agora eu tería de lutar pelas minhas coisas ou pelas pessoas. Não podia mais gozar com a cara de toda a gente e esperar que elas me admirassem. Estava na hora, não na hora H, estava na hora A. A de acordar, de despertar de me levnatar e de me pôr pronto na partida. A partir dali eu não era mais um dos meus, era um só. Eu não tinha mais a família comigo para me tirar de todas as alhadas, tería que ser eu a construí-la e de preferência melhor do que o meu pai. Aprendi desde cedo como maltratar uma mulher e por isso, fui a tempo de o meter na cabeça como algo que não devería fazer. Presenciei se calhar mais do que devia, mas não mais do que queria. Eu fiz questão, eu quiz ver. Eu não podia fazer nada, era uma criança e não podia defender a minha mãe sempre que quizesse e o máximo que conseguia era chorar. Mas no fundo, sabia que todas as pessoas crescem e eu um dia seria uma delas. É, eu cresci. Não muito, mas o suficiente para proteger a minha mãe e as minhas irmãs. Eu já não era míudo nenhum, claro que ainda chorava e culpava-me de tudo mas defendia-as com tudo o que tinha. Não sei se da maneira certa, da errada.. não, defendi como sabia e podia. As pessoas costumam falar muito de mim, dizer que eu fui isto e aquilo. Que tive muitas namoradas e que nos meus 15 anos era um coirão. É verdade sim, eu era. Eu tinha que me distrair com alguma coisa e porque não me distrair com muitas raparigas nos meus 15 anos? Aos 15 anos nada é para sempre. Aos 15 apaixonamonos pelas mais giras, e só dos 20 para a cima das que têm mais cabeça. As pessoas podem me jogar mil e uma coisas à cara, mas eu mesmo assim posso-me levantar e mandar mil e 2 a elas. É, eu não prestei para nada em certa altura mas hoje eu sou um homem. Um homem de verdade, que não está à procura de uma mulher à força e que deixa isso encarregue com o futuro. Eu não tenho dúvidas que construirei uma família linda e feliz. Eu tive o pior manual de como destruir uma familia, eu presenciei tudo e sei exatamente o que fazer. Os da minha idade dizem que têm uma vida de cão porque estão sempre a estudar para exames? Eles que agradeçam. Antes estudar para exames que não ter a paz em casa. Que se lixem as más linguas, eu tive uma vida dificil até aqui e terei essa mesma vida facilitada a partir de agora. Porque muitos vão passar e praticar o que eu passei e não praticarei.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A nossa vida, o nosso livro


A vida é um livro. E deve ser por isso que somos todos diferentes. Uns maiores que outros, uns com capas coloridas e sem conteúdo nenhum, outros com capas menos ilustrativas e com muito conteúdo. Uns que falam muito e não dizem nada, outros que dizem tudo sem ser preciso falar em metade.
A cada dia da nossa vida vamos escrevendo páginas em cima de páginas, páginas de história que nem sempre são de glória. Acontece que nós também erramos, nós também não somos perfeitos.
             Quantas vezes fizemos errado para aprender a fazer certo? Quantas vezes escrevemos páginas, rasgámos para começar de novo e voltamos a escrever exatamente a mesma coisa? Quantas vezes decidimos avançar na nossa vida e em vez disso recuámos e demos mais uma oportunidade ao passado? Quantas vezes perdemos na vida só porque tivemos medo de arriscar? Quantos amigos perdemos à custa das maiores parvoíces que pode existir? E quantos ganhamos quase sem querer? Quantas vezes fomos felizes sem esperarmos? E quantas vezes ficamos tristes sem esperar? Quantas vezes procuraste e não encontraste? E quantas vezes encontraste sem sequer procurares? Quantas vezes perguntaste sobre estas reflexões? E quantas vezes refletiste sobre estas perguntas?
É por isto que deixei de ler só o início e o fim dos livros. É que a maior riqueza, a maior fortuna não está no início nem na resolução dos problemas, o mais importante e valioso está no centro, está no meio, no interior. O tesouro e aquilo que nos ensina mais está na forma como passamos por tudo. Como reagimos, como nos mantivemos e como conseguimos resolver.    
     A vida não está para quem quer tudo na mão, está para quem quer levá-la no coração.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Quem vê cus não vê corações

Tu ensinaste-me. Toda a gente que der mais importância à aparência, não tem consciência.
Disseste que por mais forte que fosse eu ainda ia sofrer muito ou pouco. E é verdade. Dói. Dói muito. Não que seja uma dor insuportável, mas vai moendo e cada vez que penso nisso revolto-me comigo mesmo. Eu engano-me sempre na caracterização das pessoas, penso sempre que são uma coisa e são sempre o contrário. Confio demais, acredito demais em gente de menos. Mas eu continuo a acreditar, eu acredito que ainda há gente de valor embora deva andar muito espalhada. Eu acredito que ainda há gente que fale a verdade pura, e se não existir tenho que acreditar que existe a cura. Para pessoas de cabeça dura, que procuram o exterior e desvalorizam o interior.
Tu também me disseste na altura que um dia envelhecemos todos e nessa altura não vai haver nem bonitos nem feios. Vai existir grandes e pequenos corações, famílias felizes e outras infelizes. Eu perguntei-te em que grupo achavas que eu ia estar. Tu foste claro, disseste que continuaria com este coração do tamanho do Mundo, e que faria a minha família muito feliz. E eu perguntei o porquê de dizeres isso e tu deste a tua melhor  resposta de sempre, foi uma lição, uma chapada, uma bomba em forma de palavras. Tu disseste que por vezes mais depressa se vê o coração da pessoa do que o próprio exterior. Quem vê caras não vê corações, Quem vê cus só pensa nos q******.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"Deram-me duas opções, eu escolhi a terceira. Sempre gostei de surpreender."
"Não quero nada do Mundo, nem ele quer de mim. Eu desisto. Não é por falta de força, é por falta de esperança. A conta é fácil. somei o que me tirou e o que me deu. Foi muito mais o que me tirou. Estou mal com a vida, não quero dizer que estou de costas voltadas com ela. Porque ainda me leva um dia destes. Eu não quero viver, mas não quero morrer. Isso implicaria meses de sofrimento para quem me fez ser quem sou. Quero desaparecer, é diferente. Quero fugir. Coisas novas, caminhos novos, sonhos novos. Preciso de mais e melhor, preciso de me sentir melhor. Não peço o mundo a ninguém, não peço que façam ou deixem fazer coisas por mim. Só peço o meu sorriso de volta, só isso."
"Parece que voltamos à antiga Roma. Aquelas arenas enormes e sempre cheias de gente. E nós parecemos o centro das atenções, o guerreiro que entra e tem de enfrantar os leões. Se te devoram, aplaudem e fazem festa, ficam felizes. Se matas os leões, aplaudem na mesma e fazem a festa na mesma. É esta a realidade qe aprendi com a vida, as pessoas não têm opiniões próprias e vão para o lado que o vento sopra.
Manipuladas pelo sistema e pelos os outros. Com muitos argumentos, mas sem coragem de argumentar. Com medo de cães, cães que ladram mas não mordem, se é que me entendem. Há que enfrentar, construir a nossa própria personalidade, saber dizer não. Voltar-se para o Mundo se assim tiver que ser. O segredo mesmo? Não depender de ninguém."
"Era como se tivesse no abismo. Levaste-me até ao cimo, fizeste-me sentir seguro e longe do mundo. Mal sabia eu que lá em cima ias-me empurrar. Ias e vinhas quando querias, ias quando a rede enchia de peixe e voltavas quando esgotava, como se eu fosse o último recurso, que por sinal, até era. Fizeste-me sentir ao topo, fizeste-me acreditar que o amor existia e lá em cima, empurraste-me. Tentei segurar-me com tudo, tudo o que me mantia ali era a ponta dos meus dedos. Precisava de ajuda, e estranhei quando me extendeste a mão. Eu aceitei ajuda e tu... tu largaste-me, tu viste-me a cair e pior, sorriste! Estatelei-me, foi difícil mas levantei-me. Uns dias depois voltei lá, tu estavas là à minha procura e quando me viste perguntaste se estava bem. Se estou bem? Como se essa fosse a tua preocupação! Sabia bem o que querias, mas o mar deste lado secou, o peixe acabou. Virei-me, disfarcei que a tinha esquecido e... segui a minha vida."
"Mas quem é quem para falar mal de alguém? Se no fundo ninguém é melhor que ninguém? As pessoas conseguem ser bem mesquinhas, fazem da vida uma competição e dos amigos mais próximos o principal alvo dos seus ataques. Ataques de inveja, de ciúmes e de tudo. Ignoram quem realmente os querem mal para se virarem contra quem sempre os apoia. É tipico da nossa espécie. Dizemos que somos os seres mais inteligentes na Terra, mas somos nós que o poluimos, somos nós que o vamos estragando. Se acabar, foi nós que demos cabo do resto. A verdade é que somos únicos, matamo-nos uns aos outros. Competimos, inventamos competições absurdas onde no fundo, ninguém é melhor que ninguém."
"No fundo, no fundo não passamos de simples marionetas coloridas de diferentes cores, feitos de todo o feitios e formas.
No fundo somos meros objetos manuseados por sonhos e tentações. Quantas vezes deixei de fazer isto ou aquilo por sonhos? Quantas pessoas magoei por tentações?
Acredito no destino, todos os dias fecham-se portas e abrem-se outras. Quantas vezes fui desviado de um mau caminho por uma ou outra decisão minha? Quantas vezes deixei de seguir
o rumo certo para me meter em becos sem saída?
Se nunca desistirmos todos chegamos a bom a porto, embora demoremos mais com o tempo perdido nos becos sem saída. Um ano tem 365 dias, e cada um deles é uma boa oportunidade
para pedir desculpa, para recuperar algo perdido. Todos os dias são novas oportunidades de tu mostrares o que és. Nunca te queixes de falta de oportunidades quando tu é que as esperas. Nunca esperes por nada, procura sempre."
Domingo, aquele dia bom e mau ao mesmo tempo, bom porque podes acordar quando quiseres. Mau porque a partir do meio-dia começas a pensar que no dia seguinte há trabalho ou escola.
"Fazes-me lembrar aquelas conchas dos desenhos animados que por dentro trazem uma pérola. Tu no início eras fria, um cubo de gelo ambulante. Por qualquer movimento à tua volta, fechavas-te. Trancavas os sete cadeados e escondias a pérola. Que pérola, hein? Essa maneira de ser doce e viciante, que me prende um pouco mais a cada dia que passa. O sorriso deslumbrante que me arrasa. Parabéns, parabéns por conseguires manter o sentimento e a distância, acredita que para a maioria o amor não tem a mínima importância."
" Por alguma razão a palavra 'amor' rima com a palavra 'dor'. Por alguma razão também rima com rancor. Amor, de onde vens? Porque vens? Como vens? E porque escolhes sempre a pior altura para chegar? Interesseiro e inoportuno. Cobarde, vens e vais quando queres e matas quando te apetece, Levas pessoas a estragar anos de sentimento por desejos de uma semana. Tu que fazes as pessoas caírem no arrependimento e afogarem-se no sofrimento. Mas eu compreendo a revolta, compreendo o porquê de fazeres isso às pessoas, sentimento cobarde. Porque muita gente pensa que te sente e no fundo não faz a mínima do que és realmente...."
"Habituei-me à tua presença, embora te ausentasses constantemente. E o pior é que acreditei, acreditei mesmo quando me dizias que ias viajar em trabalho. Acreditei, porque pareceste um avô a contar uma história aos netos, parecia verdade e adormecia nas tuas histórias, usaste-me a abuzaste. Ainda sinto falta do perfume, ainda arde sem existir lume. Não que eu sinta a tua falta, mas das mensagens, não sei se foram ttiradas do google ou se eram mesmo tuas. Podes ter muitos defeitos, podes não valer nada de nada, podes até ser o pior cabrão que já conheci, que no fundo, até és... mas quem escreve como tu escreves devia ser proibido de falar só para que dizeres tudo por escrito. Odeio-te por seres como és mas amo, amo quem te deu esse dom. Dom encantador e enganador. Parece que tocas flauta, e eu (e as outras) feita cobra vou saindo do meu abrigo, indo na tua cantiga..."
"Ensinou-me a viver e a gostar da vida que me foi concedida. Ensinou-me a valorizar, a não seguir falsos caminhos. Ensinou-me que em gruta que não se conhece, não se entra pois não sabemos se há um urso lá dentro. Tu ensinaste-me, tu foste um urso na minha vida, maldita gruta. Sabia que tinha um urso, sabia que me magoaria. Mas senti uma força interior, foi como se brincasse com a minha própria morte. E tu, tu foste a morte, no fundo tu foste tudo. Fizeste um pouco de todos os papeis que os maus da fita fazem. Foste um urso, um velho e sábio urso. Pêlo sedoso e brilhante, andar assustar e decidido. Mostravas ser dono e senhor daquela puta daquela gruta e no fundo nem conseguiste ser dono da tua própria alma."
"Tu abraçaste-me, e eu senti-me em casa. Seguro de mim próprio, senti-me no porto de abrigo. Mas como? Se aquilo foi apenas o primeiro abraço que me deste? Talvez nos tenhamos cruzado noutras bandas, noutros tempos, noutras circunstâncias. Ou se calhar fomos mesmo as duas últimas peças que faltavam para completar este puzzle. Não sei se estavas à minha epera, nem sei se eu estava à tua espera. O que é certo é que o Mundo é pequeno, pequeno demais para duas pessoas se encontrarem assim. Sem compromisso, sem hora nem intenção marcada. Sem planos, sem nada. Encontrei-te assim, na rua, desamparada como eu. Com um futuro incerto como o meu. Com um coração do tamanho do Mundo sem confiança nem vida como o meu.
Encontrei algo em ti que me pertencia, vi em mim algo que te pertencia. Como se eu tivesse a asa direita e tu a esquerda, como se não te encontrasse ficasse em perda. Sabes? As pessoas precisam-se. Elas completam-se com este ou outro defeito, mas completam-me. Com atitudes e gestos. Com presentes, com sorrisos, com carinhos e até com dificuldades. Fico à espera, à espera que o tempo passe. Que eu possa subir ao monte e gritar para toda a gente o teu nome. Repetir, repeti-lo vezes sem conta até que o decorem. Isto não se trata de um desejo, trata-se de um objectivo. De uma obrigação para ser feliz e te fazer igual. E com objectivos não se brincam, ou somos bestas por falharmos ou bestiais porque conseguimos. Não duvidos, nós somos e seremos bestiais e juntos venceremos os demais."
"Às vezes parece que viemos de helicópetoro e largaram-nos assim, de paraquedas. Parece que fomos enviados para a guerra sem sermos preparados para isso. Sem treinos, sem armas, sem defesas. Somos largados assim, com um paraquedas e nada mais. Temos que crescer sozinhos, aprender com as próprias expriencias de vida. Se somos reservados, chamam-nos de arrogantes, se confiamos em alguém, é o primeiro inimigo a nos dar um tiro nos cornos. Onde ficamos? Se confiamos em nós próprios, somos convencidos, se não não confiamos somos fracos e inseguros. Que puta de humanidade, esta. De não aceitar que os outros sejam melhores que nós, que merda de mentalidade esta de nos matarmos uns aos outros. Mentalidade suicida esta de prender um mendigo por roubar fruta e deixar livres os políticos a roubar milhões. Que porcaria de pensamento este de roubar aos pobre para dar aos ricos. Que sociedade inconsciente, votar em gente que nos tiram centimos a toda a hora. Podíamos viver sem o dinheiro, podíamos todos ser controlados e controlar os recursos. Podiamos dividir e estar todos por igual, sem ninguém abusar, nem precisar de roubar. Podíamos muita coisa, mas não somos nada nisto tudo. Nisto tudo somos os piores a frequentar este Mundo, somos dos poucos que matamos seres da mesma espécie. Invejamos, esfolamos, matamos, rastejamos, roubamos... não, isso não. Isso só os políticos. Que viesse 2012 e levasse tudo, que acabasse o mundo, que acabasse com tudo o que de péssimo existe no mundo, ou seja, nós, as pessoas, a humanidade e tudo o que foi feita por ela."
"O que gosto mesmo é de ver aquele tipo de gente que vai ao ginásio e começa a ver resultados logo... onde mais ninguém vê. Com tudo o respeito pela anorexia, consigo ver algo em comum com a "ginaxia". Na anorexia, as pessoas num estado de magreza extrema, olham-se ao espelho e acham-se sempre gordas. Já na "ginaxia" olham-se ao espelho (...os piores até tiram fotos aos supostos resultados) e conseguem ver resultados, quando na realidade, mais ninguém vê nada. Ou se calhar sou eu que estou a ver muito mal para não ver resultados TÃO evidentes."
"Chega a uma altura que ter inimigos deixa de ter piada, chega o dia que tens de parar e ignorar. Se não gostas de mim, se não me podes ver, se me invejas por alguma razão... faz o mesmo que eu a ti, ignora."
"Sabes? Com o tempo aprendi a não confiar nas pessoas que me diziam frases do google olhos nos olhos, Muitas pessoas têm o poder de mentir seja em que circunstancia for, e muitas vezes essas mesmas pessoas não espelham nos olhos o que vai na cabeça delas.
Mas os teus parece que falam, aliás, cantam. Cantam e dançam ao som dos sentimentos. Eu nunca te disse mas adoro os teus olhos. Sim, ok... vais-me dizer que são castanhos, do mais comum que existe, não é? Mas eu não encontro explicação, se calhar a mais credível seja que adoro os teus olhos porque eles são... teus.
E eu não consigo deixar de gostar e de admirar tudo o que tá em ti cada vez que te vejo. Se calhar seja isto o amor, amar-te com todas as qualidades mesmo sabendo dos teus defeitos. Se calhar é isto, lutar por alguém e por alguma coisa. Agarrar com tudo o que temos o que é nosso, lutar, satisfazer, preocupar-se. Se calhar é disto que falavam quando me diziam para lutar pela minha felicidade. Impossível, dizia eu. Amor é treta. O amor é feito de aparências e se não tiveres bons atributos, acabas ficando com um dezenrrasque. Errado. Muito errado. Foste a prova viva que a perfeição para mim, é algo banal para os outros. Cada um se apaixona pelo que vê em alguém. Claro que o rosto e o teu lindo cabelo me atraiu, mas essa maneira de ver e viver as coisas conquistou-me. "
"Sempre ouvi falar na terra do nunca. Na minha infância nunca fui de me levar muito nessas histórias e contos de fadas. Mas com o tempo comecei a perceber um pouco disto. Comecei a ligar fio com fio, encaixei peça por peça e cheguei aà conclusão que a terra do nunca, é mesmo a nossa. Onde NUNCA temos sorte, NUNCA conseguimos ser 100% felizes ou fazer alguém feliz da mesma maneira. NUNCA cumprimos promessas, NUNCA valorizamos quem merece. Vivemos todos na terra do Nunca onde NUNCA passamos disto."
"Terei conhecimento algum dia que alguém conseguiu dar o mesmo que recebeu, ou que recebeu o mesmo que deu? Saberei eu de algum casal que vive um amor verdadeiro, que dão e recebem exatamente o mesmo um ao outro? A verdade é que em muitos casais, conseguimos ver um grande amor, parece que bate tudo certo entre eles quando no fundo não bate nada certo. No fundo, ele ou ela dá mais daquilo que recebe e sustenta a relação, desculpando coiros e traições da parte de um deles. E quem sustenta fica com a batata quente nas mãos, entre a espada e a parede, mete o orgulho de lado, vai sempre atrás em cada discussão, isto acontece porque... só existe um interessado na continuidade de um amor para um, de um coiro para outro. Eu depois de já ter dado e não ter recebido, depois de já ter recebido e não ter dado nada. Depois de iludir e de já ter sido iludido. Penso ter encontrado a pessoa certa, mas... quantas vezes eu acreditei ter encontrado a pessoa certa e enganei-me? Quandtas vezes pensei ter encontrado um tesouro e por dentro só existir lixo?"
"Existe sempre aqueles dias que sentes que não devias ter acordado e os outros, os que nem queres adormecer. Claro que os menos bons são sempre os maiores, como tudo o que é mau na vida, dura sempre mais um pouco. Odeio acordar e não ter planos, não fazer nada da vida, por uma razão ou por outra, é menos um dia na nossa vida, mais um dos tantos que perdemos em casa, sentados à frente do computador ou da televisão. Bom, é adormecer já com o pensamento no dia seguinte. Acordar com vontade, sair com alegria, aproveitar cada momento que a vida nos proporciona. Ela tem tanta coisa boa e nós focamo-nos em sofrer por amor. Sociedade massoquista, esta. Que quanto mais sofre por amor, mais ama. Quanto mais fogem, mais corremos atrás!"
" Falamos em promessas não cumpridas, promessas que nos falharam. Quantas vezes prometemos tudo e depois não demos nada? Quantas vezes prometeste ser alguém que sabes que nunca serás? Quantas vezes prometeste que não deixarias pessoas e no dia seguinte já nem lhes falaste? Quantas vezes prometeste o mundo e tiraste-lhe o chão? Quantas vezes prometeste o céu e tiraste o mar? Quantas vezes levaste algúem ao cimo da montanha e atiraste-a por lá baixo? Quantas vezes fizeste alguém sonhar e tudo o que deste foram pesadelos? Quantas vezes pediste que falassem a sério contigo quando o que tu querias era brincadeira? Quantas vezes inventaste desculpas para te desmarcares? Quantas vezes pizaste alguém quando tudo o que essa pessoa precisava era de a levantar? Quantas vezes disseste para não errar, quando tudo o que fazias era um erro? Ninguém é perfeito... e toda a gente aprende é com os erros, se os erros continuam a se repetir, aí sim, é preocupante."
" Ela era perfeita, como a minha vida a partir do momento que ela apareceu. Ela prometeu que era para sempre, prometeu que nunca trocaria o que mais queria na vida por qualquer coisa que quizesse no momento, ainda disse que o que mais queria era eu. Ela prometeu que dividiria bem o tempo para amigas e para mim. Ela prometeu uma família feliz, prometeu que teríamos dois bébés. Disse que seriam gémeos e que teriam os meus olhos. Prometeu que fosse para onde fosse, me levaria com ela. Se tivesse que viajar, ela prometeu que viria atrás! Ela prometeu que não tinha olhos para mais ninguém e que tinha toda a sorte do mundo em me ter como seu namorado. Prometeu-me que juntos chegaríamos ao céu, prometeu amar para sempre. Prometeu carinhos, beijos, abraços, lágrimas, momentos e muitas surpresas.... no fundo, ela só cumpriu a última promessa. Ela fez-me uma grande surpresa... deixou-me."
"Se calhar isto de escrever foi dom que Deus me deu, o único, aliás. Não que eu obrigatoriamente escreva bem, mas porque sinto-me bem a escrever. Era suposto eu ser rebelde, um machão e os rebeldes não escrevem, pelo contrário... acham uma mariquice. E é normal, nem todos os homens nascem com essa mentalidade de "pensar com os músculos". Ainda existem homens inteligentes, homens que têm sentimentos. Que oferecem carinhos, passeios e momentos sem pedir o corpo em troca. Ainda existem homens que mesmo no ginásio, sabem fazer uma mulher feliz, ao invés de outros que vão para o ginásio porque sim, porque querem e não porque sentem. Tudo isto para dizer que ainda existem homens... homens mesmo. Nem tudo é menino..."
"Cresci a ler tudo o que a Margarida Rebelo Pinto escrevia e se calhar foi por isso que herdei o estilo controverso, mas frontal. Descabido, por vezes impróprio, mas sincero. A verdade é que é a melhor escritora portuguesa, escreve... aliás, dispara. Cada palavra, cada bala. E todas elas em cheio no coração, nenhuma passa-nos ao lado. Não tem medo da fama que tem, não muda por ter mais ou menos fans. E fala... grita no papel, berra. Entra nas nossas mentes e muda muita coisa. Faz-nos acreditar que o amor existe e (ainda) move montanhas."
Sabe? Eu escolhi o outro caminho. O outro caminho não é o seu caminho, mas também não é o de mais ninguém. Você não consegue passar um dia sem se chatear, e eu não consigo passar um dia sem sorrir.

Acordem!

De que serve a vida continuar e tu não? De que serve mudar de livro e ler um igual? De que serve sorrir se apetece chorar? Deixem-se de sonhos irrealistas, acordem e abracem quem vos quer abraçar porra!
Tive sempre este pequeno grande defeito de dar valor depois de perder as pessoas. Não porque as possua, não porque algum dia as tenha possuído.